sexta-feira, 13 de maio de 2011

NINGUÉM É SUBSTITUÍVEL


Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua
equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um, ameaça:
 – “Ninguém é insubstituível”.

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar
nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o  atrevido:

- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível. E quem substituiu Beethoven?

Silêncio.

O funcionário fala então:
 
- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em
descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? E Tom Jobim, Ayrton Senna, Ghandi, Frank Sinatra, Garrincha, Santos Dumont, Monteiro Lobato, Elvis Presley, Os Beatles, Jorge Amado, Pelé, Paul Newman, Tiger Woods, Albert Einstein, Picasso, Etc.?

O rapaz fez uma pausa e continuou:

- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostavam e o que sabiam fazer muito bem, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, mostraram que foram sim, insubstituíveis. Porque cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.
Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver os talentos da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e deixarem de utilizar energia para repararem seus 'erros ou deficiências'?

Nova pausa e prosseguiu:

- Acredito que ninguém se lembra ou nem sabia que BEETHOVEN era SURDO, que PICASSO era INSTÁVEL, CAYMMI era PREGUIÇOSO, KENNEDY era EGOCÊNTRICO, ELVIS era PARANÓICO.

O que sempre queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Divagando o assunto, o rapaz continuava.

- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de 'técnico de futebol, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas; ou Albert Einstein por ter tido notas baixas na escola; ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria PERDIDO todos esses talentos.

Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor olhava para baixo, pensativo.
O rapaz voltou a dizer nesses termos:

- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos, não haveria montanhas, nem lagoas, nem cavernas, nem homens, nem mulheres, nem sexo, nem chefes, nem subordinados. Apenas peças.

Eu nunca me esqueço de quando o Zacarias, dos Trapalhões, 'foi pra outras moradas'.
Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou
menos assim:
- "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos NINGUÉM. Pois nosso Zaca é
insubstituível” - concluiu o rapaz e o silêncio foi total.

Portanto nunca esqueça:

VOCÊ É UM TALENTO ÚNICO! COM TODA CERTEZA NINGUÉM TE SUBSTITUIRÁ!

“No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é. E outras que vão te odiar pelo mesmo motivo”.

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso”.


 Reflita nisso e aprenda a se valorizar!

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